Membro do conclave, arcebispo de Salvador comenta possibilidade de próximo papa ser latinoamericano: ‘Será motivo de grande alegria’
Direto do Vaticano, arcebispo de Salvador fala sobre a morte do papa Francisco e início do conclave | Foto: TV Bahia
O arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Sérgio da Rocha, comentou a possibilidade de o próximo líder da Igreja Católica ser latinoamericano. Com a morte do papa Francisco, que era argentino, no último dia 21, cardeais de diversos países irão se reunir em um conclave para definir o sucessor dele.
“Tivemos o orgulho de ter um papa sul-americano e, se Deus permitir, prover a Igreja com um novo papa que seja latinoamericano, será um motivo de grande alegria para o continente”, disse Dom Sérgio em entrevista exclusiva ao Bahia Meio Dia, diretamente do Vaticano, nesta segunda-feira (28).
Para ele, que é um dos sete brasileiros a participar do conclave, o momento não se trata apenas da escolha do pontífice. “Esse novo papa receberá um novo legado imenso, de um valor extraordinário”, acrescentou. A votação deve começar no dia 7 de maio.
Ao jornalista Vanderson Nascimento, que embarcou para a Itália para a cobertura do funeral do papa, Dom Sérgio da Rocha também destacou como Francisco era querido por fieis e até por não-adeptos da religião católica.
“Nós já sabíamos que o papa Francisco era muito amado em todo mundo, não só dentro da Igreja, como no mundo todo. Foi impressionante a expressão de fato, gratidão e pesar que nós encontramos no funeral do papa, particularmente da missa”.
Segundo o religioso, o papa deixou uma herança com valores e atitudes que interpelam não só a Igreja, mas a própria humanidade, com o seu jeito simples e fraterno de ser.
“O papa buscou a paz, contribuiu ao máximo pela paz da humanidade, pela superação dos conflitos. Ele foi muito amado não só pelos textos lindíssimos, mas pelas atitudes. Papa Francisco ensinou muito, mesmo nesse período de enfermidade, em que ele não podia mais exercer normalmente as suas funções, mas bem sabemos do esforço que ele fez”, afirmou Dom Sérgio da Rocha.
O cardeal ainda contou sobre as reuniões do Conselho de Cardeais, grupo que colaborava diretamente com o papa Francisco no governo da Igreja.