Supercentenários: quem são e onde vivem as pessoas mais velhas do mundo? Brasileira está no top 3
Supercentários são aqueles com 110 anos ou mais. Freira brasileira é a segunda das listas de dois grupos de relevância que monitoram e estudam essas pessoas, o GRG e o LongeviQuest.
Não há uma fórmula mágica que explique a longevidade, mas pessoas supercentenárias existem — e a tendência, graças aos avanços da medicina, é que esse grupo aumente cada vez mais.
👩🦳 Segundo o Grupo de Pesquisa de Gerontologia (GRG, na sigla em inglês), uma instituição global de pesquisadores em campos de gerontologia, longevidade, saúde e demografia baseada em Los Angeles, nos EUA, 54 pessoas supercentenárias são monitoradas em todo o mundo — há um único homem nessa lista e ele é o mais jovem do grupo.
De acordo com Waclaw Jan Kroczek, pesquisador polonês do GRG, as mulheres geralmente vivem mais do que os homens por motivos que envolvem fatores como:
- diferenças biológicas;
- fatores comportamentais;
- estilo de vida e fatores sociais;
- suscetibilidade a doenças crônicas;
- teorias evolutivas.
“As mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm um X e um Y. Essa diferença pode fornecer às mulheres uma vantagem genética. Se existe uma mutação prejudicial em um cromossomo X, o outro X pode compensar, reduzindo o risco de doenças genéticas”, disse ele ao g1.
Uma possibilidade com a qual Mayana Zatz, que coordena o laboratório de pesquisa no Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP), concorda.
“Nos mamíferos não humanos as fêmeas também vivem mais. Pode ser porque as fêmeas têm 2 cromossomos X e o macho só tem um. E evolutivamente, é interessante que a fêmea viva mais para proteger a sua prole.”
📋O consenso é que supercentários são aqueles com 110 anos ou mais. Essa é a régua adotada pelo GRG e também pelo LongeviQuest, outro grupo de pesquisadores que é referência no monitoramento e no mapeamento de supercentenários pelo mundo.
📜 A lista do LongeviQuest, entretanto, é bem maior que a do GRG, com 278 listados. Isso acontece porque os processos de verificação podem demorar mais ou menos tempo e também porque dependem, em parte, de que os familiares dos supercentenários conheçam e contatem os institutos. Também não é simples ter tantos documentos em condições e fidedignos com mais de um século. E a validação não é rápida.